Seminário avaliou as andanças do Projeto Cirandando Pelos Direitos

11/01/2019
Seminário avaliou as andanças  do Projeto Cirandando Pelos Direitos

“O grande sentido da vida é a gente vencer cada dia, como se fosse o maior de todos os prêmios”. Foi com essa certeza que é preciso conquistar dias melhores e com direitos acessados, que deu início nessa sexta feira (11) de janeiro, no município de Santaluz, o Seminário Intermunicipal de Avaliação e Sistematização das ações do projeto e suas rotas de mudanças na vida das pessoas, como parte das atividades do projeto Cirandando pelos Direitos desenvolvido pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC) em parceria instituição alemã Kinder Not Hilfe (KNH), um dia marcado com dinâmicas, reflexões, apresentações, trocas de experiências e muita alegria compartilhada.

 

Desse modo, o seminário que contou com a presença das comunidades que fazem parte do projeto, sendo elas Jitaí de Retirolândia e Miranda, Mucambinho e Rose de Santaluz, sobe a mediação da técnica do MOC Cleonice Oliveira e da Coordenadora Pedagógica do MOC Vandalva Oliveira, teve o propósito de promover a integração e a troca de aprendizagens das comunidades, assim como compartilhar a avaliação das ações do projeto nas comunidades, como ainda socializar o processo de implementação dos Planos de Desenvolvimento Comunitários (PDC’s) nas comunidades e seus avanços, além de informar à comunidade sobre a agenda bimestral do projeto para 2019.

 

E assim seguindo, o primeiro momento de forma bem criativa as comunidades mostraram as conquistas das comunidades durante as andanças de cinco anos de projeto, sendo que Mucambinho trouxe em forma de telejornal fazendo reportagem das melhorias e os diretos efetivados na comunidade, como o funcionamento do posto de saúde, já Miranda poetizou suas respostas sobre seus avanços entre outras coisas o processo organizativo, de lutas coletivas sendo reconstruído, depois foi a vez de Rose apresentar em forma de programa de rádio, para assim afirmar que a maior conquista foi a rádio poste implementada por lá e por último Jitaí em forma de teatro mostrou como o projeto foi importante no desenvolvimento da comunidade, como no seu reconhecimento enquanto Quilombolas.

 

“Uma ciranda não se faz com uma mão só”. Nesse contexto que Vandalva Oliveira fez a reflexão sobre o que foi apresentado, abordando e afirmando a importância das comunidades se organizar, se mobilizar e lutar pela efetivação e acesso aos direitos, entendo ainda quais desses direitos estão sendo violados. “Então é isso não basta saber quais os direitos nós temos, não basta saber quais desses direitos estão sendo violados, é preciso que pegue os direitos a serem assegurados e se organizar para encontrar alternativas, pode ser falar na rádio poste, apresentar carta de demandas para os candidatos ou gestões, como para as organizações que tenha a competência e o dever de garantir esses direitos”, frisou Vandalva Oliveira.

 

A partir disso, o seminário caminhou por mais reflexão, dessa vez tendo como base o texto Vestido Azul (Autor Desconhecido) que traz uma lição fortemente conectada as comunidades, que incentiva a acreditar que pequenas ações podem mobilizar, transformar muito e fazer a diferença, ou seja, só precisa de um ponta pé inicial para que as coisas aconteçam e se concretizem.

 

Logo em seguida, as jovens multiplicadoras que realiza as ações e acompanha mais de perto o projeto nas comunidades, apresentam o PDC’s, fazendo comparação do que andou positivamente e o que ainda enfrentam de direitos negados, entre os anos de 2014 a 2018. Vale ressaltar, o que o PDC tem como objetivo “Contribuir com a promoção do desenvolvimento das comunidades de Jitaí (Retirolândia), Mucambinho, Miranda e Rose (Santaluz), numa perspectiva que seja humanamente inclusivo, economicamente viável, ambientalmente sustentável e socialmente justo, que beneficie indistintamente as pessoas, fortalecendo a identidade de remanescentes de quilombola e comunidades tradicionais, além de reafirmar o sentimento de pertencimento e corresponsabilidade com o bem comum”.

 

Partindo da situação inicial de cada comunidade com seus problemas existentes, o PDC construiu uma rota de mudança capaz de promover o desenvolvimento da comunidade (solução dos problemas) envolvendo as partes interessadas que nela vive e adotando como referência de organização dessas pessoas a Associação Comunitária enquanto um instrumento de articulação, mobilização e transformação social.

 

Entre muitos outros momentos, o dia resultou em grandes trocas de saberes, reflexão e avaliação da caminhada que levou há muitas mudanças nas comunidades e na garantia de direitos. E para avaliar a conclusão de mais essa atividade os participantes falam o que foi bom, como: trocas de experiências, dinâmicas, conhecer novas pessoas, mensagem de reflexão, ganhar conhecimentos, que ruim que acabou, que tal mais atenção e mais contribuições para que essa ciranda continue de mãos dadas e com novos frutos vindouros. 









Por: Robervânia Cunha

Programa de Comunicação do MOC