
Relatório Anual do MOC 2021
18/04/2023
Derrotados são apenas os que não lutaram. Essa máxima, utilizada por muitos e muitas lutadoras pela justiça e pelo Bem Viver, é algo que guia o MOC na sua história dos 55 anos que completa em 2022.
Por isso que, imersos em di?culdades, entre as quais a diminuição dos projetos e dos recursos, continuamos acreditando, atuando e esperançando. E esperançar não signi?ca esperar sentado e inerte, mas ir fazendo acontecer, sem perder o rumo e a utopia.
O que apresentamos neste relatório anual não são coisas estrondosas e grandiosas. São atos e resultados pequenos, levados a cabo com ?rmeza, afeto e busca do Bem Viver no semiárido. São ações que aconteceram e acontecem nas comunidades, nas propriedades dos agricultores e agricultoras, nas cooperativas, nas associações, entre os professores e professoras, grupos de mulheres, jovens, crianças e adolescentes que constroem nossa proposta de Bem Viver.
É feita também pelos parceiros que nos apoiam, de formas as mais variadas possível. A eles e elas o nosso agradecimento.
Apresentar este relatório signi?ca o exercício da transparência e da partilha. Transparência e partilha ao tornar público o feito, não no espírito de mostrar nossa força, mas de servir de referência a debates, aprendizados, receber as críticas, melhorar e servir melhor.
Este relatório é do MOC e sua equipe, mas é principalmente de todos os grupos e pessoas envolvidas neste caminhar e que ?zeram este processo acontecer.
Boa leitura.

Relatório Anual do MOC 2020
18/04/2023
Trazemos a lume nosso relatório anual de 2020. Relatório que vem como registro do nosso navegar em 2020, período de turbulenta travessia.
2020 - Tempo difícil. Cheio de interrogações, de incertezas, de medos, mas também de certezas, de rea?rmação do que somos e queremos, de esperançar construindo o mundo fraterno que é nosso sonho. Fomos jogados, duramente, na Pandemia da COVID 19 e suas consequências. A COVID exponenciou o que já era evidente: a volta da fome; a destruição e descontinuidade de quase todas as políticas voltadas ao semiárido e agricultura familiar; o negacionismo; o desamparo a que foi lançada a nação brasileira, especialmente os mais pobres; o desserviço à vida e a opção por servir à morte.
Neste contexto doloroso, excludente, de poucas oportunidades, o MOC teve que rea?rmar sua missão de estar a serviço do bem viver. E assim, superando os medos, as interrogações, incertezas, movidos pelo esperançar, seguimos teimando/agindo em contribuir para a manutenção da vida no semiárido, desta forma fomos marcando nossa presença de serviço à vida.
E assim, fomos fazendo nosso caminho. Caminho duro, de adequar nossa metodologia sem perder sua dimensão participativa e de construção coletiva do conhecimento; caminho de buscar, a ferro e fogo, não demitir ninguém, mesmo ante a diminuição dos projetos, entendendo que contribuir para sobrevivência do povo perpassa também em lutar para não ampliar os indicadores de desemprego que o nosso país vivencia.
O anal de 2020, assim, nos traz lampejos de alegria e de missão cumprida. Fomos capazes de negociar com parceiros ?nanciadores modi?cações signi?cativas nos projetos, permitindo a realização de atividades virtuais e o remanejamento de recursos para apoio ao enfrentamento da COVID, o que nos ofereceu condições melhores de enfrentar o momento. A eles nosso agradecimento por este profundo compromisso e compreensão. Fomos capazes de inovar metodologicamente, dando ênfase aos processos virtuais e fazendo com que eles chegassem a agricultores familiares/as, jovens, crianças, adolescentes, mulheres e com os quais o MOC caminha; fomos capazes de interferir na política e interagir com os Governos; estivemos em Conselhos, importantes na construção e defesa de direitos; em Redes e Fóruns, a exemplo da Rede de Educação do Semiárido (RESAB) e Articulação do Semiárido (ASA) com atuação em âmbito nacional, mantendo-nos ativos no processo da Democracia Participativa e de defesa, promoção e controle social dos direitos humanos, especialmente de crianças e adolescentes.
Num momento difícil da vida de muita gente, onde a fome entrava nas casas, nos unimos a várias outras organizações e centenas de pessoas e assim foi possível angariar e distribuir milhares de cestas alimentícias e de higiene e equipamentos de proteção individual (máscaras). Cestas que não eram resultado de políticas assistencialistas, mas da solidariedade e da vontade de fazer soar e crescer a ação de resistência. Buscamos ressigni?car o processo das Cestas, desde a sua composição, priorizando a aquisição de produtos da agricultura familiar, dos empreendimentos solidários e dos pequenos negócios (mercadinhos), contribuindo também para movimentar a economia local e comunitária. Entendemos que ALIMENTAR-SE é um ato político, de resistência e de e construir/manter a vida.
Outro elemento que merece destaque, é que neste ano que foi também marcado pelas eleições municipais, o MOC em parceria com a ANA – Articulação Nacional de Agroecologia e com a ASA – Articulação do Semiárido Brasileiro, construiu uma Carta Política com proposições de ações que foram apresentadas as candidaturas do Legislativo e do Executivo dos municípios da região que atuamos, buscando deles/as compromisso com a Agricultura Familiar, Agroecologia e Convivência com o Semiárido.
Escrever e publicizar este relatório e registrar este caminho nos ajuda porque anos obriga a re?etir, a sistematizar, a descobrir lacunas, a rea?rmar a estrada e a opção política de estar a serviço dos excluídos e construindo, com eles, uma história diferente. Queremos registrar nosso especial agradecimento aos parceiros ?nanciadores que se disponibilizaram a adequar ações e a descobrir caminhos conosco; a todos os parceiros e parceiras dos municípios e comunidades, que estiveram a postos para experimentar e construir conosco os novos caminhos; a todos e todas que nos deram as mãos para nos ajudar a aplainar a estrada e torna-la possível de ser palmilhada. Este relatório é importante. Mostra a vida que resiste, ajuda a outros/as a fazer resistência e se redescobre a serviço de outras vidas.
E o caminho continua.
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Relatório Anual do MOC 2019
25/10/2021
O Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo. Esta desigualdade toma mais corpo e se materializa muito mais quando os sujeitos envolvidos são mulheres, comunidades tradicionais, quilombolas, negros e negras.
É como se a essas comunidades e povos se negasse o direito de existir e de viver.
Um olhar mais aguçado vai notar que estas desigualdades, muitas vezes naturalizadas, são fruto de políticas implementadas e voltadas praticamente para esta finalidade.
O MOC, desde seu surgimento e pelos mais de 50 anos de sua existência tem se colocado como objetivo, no entanto, diminuir ou sustar estas desigualdades e contribuir na construção de um mundo justo e solidário.
Constatando –se o quão grande e avassaladora é a injustiça no mundo, no Brasil e mais especificamente no semiárido, nossa contribuição quase que se torna imperceptível.
Acreditamos, porém, que o caminhar, se faz de passos e mais passos, pequenos é verdade; acreditamos no papel das pequenas coisas e que é delas que se constroem grandes; acreditamos no papel transformador de cada atividade que se realiza e a outras se vai juntando.
Por isso continuamos a apostar na transformação da sociedade, num mundo mais justo e equânime; numa sociedade para todos e não apenas para alguns.
Este relatório quer ser um testemunho. Testemunho da ação de cada professor/a que efetiva em sua sala de aula a educação contextualizada e que, juntando-se a centenas de outros/as projeta a bonita experiência de educação contextualizada do MOC; testemunho do dia a dia de cada agricultor/a que faz de sua propriedade um espaço de vida, com afeto e carinho com as pessoas e a natureza e que, ao se juntar a outros, projeta a Agroecologia e a convivência com o semiárido pelos nossos espaços; testemunho das mulheres, jovens e outros sujeitos que, descobrindo seu lugar na vida, família, comunidade , deixa de ser objeto e assume seu caminho; mulheres que ao se articular tecem redes de vida, de luta e de conquista; testemunho das pessoas, homens e mulheres, que acreditando numa economia voltada para a vida e não para a morte, formam empreendimento solidários, voltados não para a concentração e sim para a produção e a partilha e, assim, agrupam-se em redes, articulações e projetam no mundo alimentos de qualidade e saudáveis e produtos de amor.
São estes testemunhos, acreditamos, que publicitados, nos animam, alimentam e fazem continuar o caminho.
E aqui testemunhamos também o forte esforço do MOC, de organizações parceiras e coirmãs na perspectiva de unir forças e interferir na política nacional, estadual, regional.
Sem esta interferência, com certeza, as possibilidades de transformação do mundo na trilha da justiça estaria bem menor e nossos resultados também menores.
Publicando este relatório agradecemos a todos e todas que, de uma maneira ou de outra nos apoiaram e tornaram possível esta caminhada.
E renovamos a esperança de que resistir é possível e de que construir a justiça não é bobagem e sim o imperativo da vida.
Agradecemos sugestões e críticas que nos ajudem a caminhar melhor.
Celia Santos Firmo
Coordenadora Geral
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Relatório Anual do MOC 2018
21/10/2021
Tornamos público mais um relatório anual de
atividades. Publicizamos, assim, nossos resultados, angustias em 2018 e
perspectivas e esperanças em 2019. Tornamos público, deste modo, o que nos foi possível
fazer e construir na perspectiva de tornar nossa região mais fraterna, justa e
humana. Tornar um Sertão cada vez mais justo, nosso sonho e nosso compromisso.
Bem
sabemos que aquilo que aqui apresentamos, se comparado ao oceano de injustiças,
de destruições da natureza, de ódio, de busca de aniquilação dos mais pobres
que presenciamos, se torna uma pequena gota de agua.
Sabemos,
no entanto, que o apresentado é muito, porque resultado de nosso afeto, de
nosso compromisso, da superação de nossos limites e da intransponível certeza
de que a justiça e a fraternidade haverão de reinar no mundo. Essa certeza nos
move.
Você,
leitor, vai encontrar no relatório uma variedade de estilos, de modos de se
expressar, de ler a vida, todos movidos pela construção do Sertão Justo.
Optamos por deixar expressar-se a diversidade, pois ela representa o que somos.
Patronizar seria matar a riqueza de nosso modo de ser.
Quando
publicizamos nosso relatório, expressamos nosso agradecimento aqueles que
acreditaram em nos, aqueles/as que nos financiaram e que, no Brasil e em várias
partes do mundo, se juntam a nos na construção da justiça.
E expressamos,
mais do que nunca, nosso compromisso com aqueles e aquelas que conosco, nos
grupos de mulheres, nas escolas, nas comunidades, nos empreendimentos solidários,
nos processos comunitários de comunicação, na vida do dia a dia, tornaram
possível as construções e vitorias que aqui relatamos. Elas pertencem muito
mais a eles e elas que a nos.
Porque
acreditamos que o conhecimento se constrói na coletividade, ao expor nossos
resultados e inquietudes, nós abrimos, de igual modo, as críticas, sugestões,
analises de realidade e complementações que nos forem enviados/as. Sabemos que,
ao acolhe-los, nos tornaremos melhores.
Na
qualidade de Organização da Sociedade Civil, sabemos também que muitas outras
organizações somam a nossa, suas gotas de agua e, assim, formaremos a chuva
copiosa necessária ao crescimento da justiça.
Celia Santos Firmo
Coordenadora
Geral

Participação Cidadã e Construção do Sertão Justo
03/02/2016Relatório Anual de Atividades 2015
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Relatório Anual de Atividades 2002
03/02/2003
https://www.moc.org.br/publicacoes/relatorios?page=2

A contribuição do MOC para a convivência com o Semiárido
Relatório Anual de Atividades 2010
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