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Encontro de Parceiros Por Um Sertão Justo reforça a luta pelos Direitos
21/07/2016
O Movimento de Organização Comunitária – MOC através do
Projeto Parceiros Por Um Sertão Justo em parceria com a ACTIONAID, realizou
entre os dias 20 e 21 de julho na sede do Sindicato dos Trabalhadores de
Agricultura Familiar de Conceição do Coité, o Encontro Regional de
planejamento, monitoramento e avaliação envolvendo sujeito dos direitos e as
organizações parceiras.
Participaram do evento crianças e adolescentes educadores
(as), agricultores e agricultoras familiares, mulheres rurais, empreendedoras
da economia solidária, jovens multiplicadores de vínculos, representante legal
de organizações parceiras sindicais e parte da equipe técnica do MOC.
O objetivo do encontro é fortalecer o processo de
planejamento, monitoramento e avaliação envolvendo a equipe executora, jovens multiplicadores
e multiplicadoras, coordenação, parceiros locais e sujeitos de direitos.
Outras ações específicas para o encontro foi à interação e fortalecimento
dos vínculos entre os sujeitos de direitos dos municípios envolvidos; Debater sobre
a atual conjuntura política e seus impactos nas conquistas e avanços nos
direitos humanos e dos povos do Semiárido; Refletir como as ações desenvolvidas
no Programa Local de Direitos na perspectiva de convivência com o Semiárido se
constituem estratégias de resistência e fortalecimento da luta pelos direitos; Monitorar
o processo de planejamento e execução operacional além d construir caminhos no
processo de construção de um sertão justo.
Segundo a técnica do MOC, Cleonice Oliveira, “o encontro torna-se
estratégico diante da troca de experiência entre os municípios envolvidos no
projeto e proporciona o fortalecimento para os direitos”.
Maria Vandalva, coordenadora Pedagógica do MOC, enfatiza que “é
um encontro que protagoniza ainda mais as crianças e adolescente, educadores
(as), famílias agricultoras e mulheres num espaço de diálogo e participação.
Situá-los, sobretudo, mediante as ameaças e perca de direitos que vem acontecendo
no Brasil”.
Atual conjuntura
política
Grupos foram divididos para debater a atual conjuntura política
e analisar os impactos nos direitos humanos fazendo uma reflexão direta de como
isso interfere na vida das pessoas além de questionar qual o nosso papel diante
desse contexto. Os grupos falaram suas opiniões e foi aberto para o discurso
para a plenária.
José Ivanilton, educador do município Quijingue ressalta que “o
encontro vem fortalecer nosso trabalho, trazer novas ideias e aguçar cada vez
mais o nosso trabalho enquanto comunidade e principalmente agora que estamos
vivendo um retrocesso quando se fala em direitos”.
Para ele é preciso lutar ainda mais “o cenário político que estamos
vivendo hoje interfere principalmente no setor educacional. No município de
Quijingue, por exemplo, interfere negativamente porque com perda de vários
direitos da educação, da agricultura economia e tantos outros não podemos ficara
parados esperando que outras pessoas lutarem. Nós juntos precisamos pensar em
propostas de políticas públicas para ir de encontro a essa defasagem dos nossos
direitos” completa.
Para o adolescente, Cristiano Cunha, 14 anos, da comunidade
de Tapúio, município de Araci, diz que “é muito legal porque a gente já põe em
prática o que a gente sabe e aprende um pouco mais sobre o que podemos fazer
para mudar na comunidade e também poder ver um pouco dos problemas da
Comunidade dos nossos colegas. Além de ter discutido a situação do nosso país e
em minha opinião a gente precisa ficar atento pra não perder o que a gente já adquiriu,
precisamos defender os nossos direitos e a lutar por eles”.
Assim, Maria Vandalva, instigou todos e toda a refletir como
as ações desenvolvidas se constituem diante as práticas de resistências e
indagando: quem somos nós? O que isso tem a ver com a nossa vida?
Caminhos,
caminhadas e caminhates...
Nesse processo o planejamento é fundamental para o crescimento
das ações do projeto. Ele coloca os sujeitos detentores dos deveres a se
emponderar e buscar pala qualidade de vida de todos e todas.
Assim como na confecção da bandeira, construída pelos sujeitos
mostrando através de pinturas criativas, artesanato o que deseja para o futuro
frente as seus direitos, a construção de um Sertão Justo precisa ter a
participação, diálogo e a determinação na perspectiva de avanços bem como os
compromissos coletivos e individuais.
Veja aqui a galeria de fotos: https://www.facebook.com/MOC-Movimento-de-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Comunit%C3%A1ria-176802699081262/photos/?tab=album&album_id=1062478860513637
Kivia
Carneiro
Comunicóloga
– Programa de Comunicação do MOC