Publicações
- Inicial
- Publicações
- Geral
MOC participou de debate sobre agricultura familiar e ATER na ALBA
08/08/2019
Durante
a programação da Semana da Agricultura Familiar, aconteceu no dia 07 de agosto,
na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, um ciclo de debates e
discussões com o tema Agricultura Familiar em Debate – Avanços e Perspectivas -
“As mãos que alimentam a nação”. O Movimento de Organização Comunitária
(MOC), estava presente com alguns membros da coordenação e a sua equipe
técnica.
O evento
teve o objetivo de fortalecer as políticas públicas para o desenvolvimento
rural, além de publicizar os processos de assistência técnica e agricultura
familiar no Estado. Foi promovido pela
Bancada do PT na Assembleia e organizações sociais como a Articulação do
Semiárido Bahia (ASA-BA), o Fórum Baiano da Agricultura Familiar (FBAF), o
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a Articulação de Agroecologia na
Bahia (AABA), o Fórum de Combate aos Agrotóxicos e a Rede das Escolas Famílias
Agrícolas Integradas do Semiárido (REFAISA), além do Governo do Estado, através
da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Superintendência Baiana
de Assistência Técnica e Extensão Rural (BAHIATER).
A
abertura do evento contou com a participação do coordenador da Frente
Parlamentar Ambientalista, deputado Marcelino Galo. Ele ressaltou a importância
do fortalecimento das políticas públicas e da agricultura familiar. “Nosso objetivo é discutir nossa participação
política nesta realidade, ninguém vai fazer parte de uma agenda política de uma
forma isolada, nós temos que fazer isso enquanto organização, e as vezes é
necessário fazer uma grande unidade. Esse é o momento da gente construir essa unidade
e aqui estão de fato aquelas organizações que praticam no seu dia a dia, na sua
vida, na sua trajetória, construindo essa unidade e também toda essa relação
com a agricultura familiar, são também agricultores familiares, são as suas
assessorias que ao longo desse tempo construiu tudo isso com muita determinação,
ajudou as organizações e chegamos a grandes conquistas”, frisou o deputado.
A
coordenadora nacional da Articulação do Semiárido (ASA), Cristina Nascimento, falou
sobre as experiências dos movimentos e das organizações por uma assistência técnica
rural de qualidade e agroecológica. “O MOC quando vem para uma ação de assistência
técnica, o MOC não vem de ontem, vem com seu apuro, com suas experiências, com
o que vivenciou com a cooperação internacional, mas traz e compartilha com uma política
pública e com outros sujeitos também esse novo modo e esse jeito de fazer. E
outro ponto importante nessa construção foi a gente se permitir a articulação
em redes e aqui vocês têm várias experiências, nós temos as redes de ATER, as
redes de agricultoras/res, os espaços coletivos e isso foi e é resultado de uma
perspectiva de ATER, que não imaginou o indivíduo de forma isolada, mas que imagina
e que se coloca nessa posição de valorizar os processos coletivos. É importante
a gente entender no território que quanto mais processos coletivos a gente consegue
estimular, mas essas ações vão ter sustentabilidade e ela vai ter continuidade", ressaltou Cristina.
Durante
a programação da tarde aconteceu um debate com o tema: Balanço da ATER na Bahia:
resultados, avanços, impasses e perspectivas. A mesa foi composta por Célia
Firmo representando o Fórum da Agricultura Familiar, Célia Watanaber Superintendente
da Bahiater, Luis Anselmo representando o Conselho Estadual de Desenvolvimento
Rural e com a mediação do Deputado Marcelino Galo.
A
superintendente da BahiaAter, Célia Watanabe, apresentou os principais desafios
da Baiana de Assistência Técnica e Extensão (Bahiater). “A Bahiater precisa ser
uma estrutura ágil, ela precisa ter uma equipe técnica compatível com a demanda
do trabalho, compatível com a demanda a ser tocada, isso é fundamental aqui pra
nós e o maior desafio de todos é a gente avançar no processo de monitoramento dos
resultados da ATER, considerando eficiência, eficácia e efetividade.
Célia
Firmo, trouxe uma reflexão sobre o quanto essa parceria do estado, com as
organizações da sociedade civil, tem feito a diferença nos resultados da vida
das pessoas no campo, as suas produções e o volume do que está sendo acessado
pelas famílias baianas. “Esse impacto existe a partir dessa parceria, o estado
entra com o apoio financeiro e as organizações entram com suas lutas, as
organizações entram com aquilo que recai sobre a sua história. Fica dois pontos
importantes desse ciclo de debates, primeiro o que o representante da STR apontou
aqui pela manhã, quando ele trouxe a necessidade de alargar a política estadual
de ATER, trazendo novos parceiros para ela e pensando a questão da reformulação
ou da atualização da Lei Estadual de ATER”, frisou Célia Firmo.
Além
dos debates, ainda aconteceu a segunda feira agroecológica da Alba, que foi
realizada com muita persistência e na perspectiva da Convivência com o
Semiárido, que provocam autonomia para as famílias agricultoras e produtoras do
campo, no processo de vivência e permanência no seu lugar com características e
essências em um modelo de produção de alimentos saudáveis e sem agrotóxicos.
Texto: Alan Suzarte
Comunicação do MOC.