Famílias aprendem como cuidar melhor da água da cisterna através dos cursos de gerenciamento em recursos hídricos

12/02/2014

Na comunidade Fazenda Vargem, localizada no distrito de São João José Zona Rural de Feira de Santana, várias famílias passaram a ter acesso á água de qualidade através da implantação de cisternas de consumo humano nas suas propriedades. Através do Projeto Cisternas firmado pelo convênio entre o Movimento de Organização Comunitária (MOC) e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (SEDES) muitas realidades estão sendo transformadas com o consumo da água de qualidade captada através das cisternas de placas.
 
A família de Dona Roquilene Oliveira dos Santos que antes buscava água longe, em tanques de propriedades vizinhas; uma água muito suja e barrenta misturada com lama e dejetos de animais, hoje comemora a chegada da cisterna com muita alegria e emoção. “Hoje está tudo melhor, temos água limpa e de qualidade na porta de casa para beber e cozinhar”, afirma.
 
Ela conta que a cisterna trouxe muitos benefícios para a sua família. A água consumida agora é uma água limpa e de qualidade, sem nenhum tipo de contaminação ou sujeira. Dona Roquilene explica também como foi a participação e o envolvimento da família no processo de construção da cisterna. “Acolhemos o pedreiro em casa, demos comida, dormida e eu e meu marido ajudamos na construção”, completa.
 
Cuidados com a água -Além de toda a participação na construção da cisterna, as famílias que recebem as cisternas participam também de cursos que aprendem a como cuidar melhor da água. São os cursos de gerenciamento em recursos hídricos , que Dona Maria Luiza de Oliveira Santos também da comunidade Fazenda  Vargem  teve a oportunidade de participar. “Além de receber a cisterna, participamos também do curso de manejo da água e aprendemos a cuidar e tratar melhor a água da cisterna.”, disse. Dona Maria Luiza afirma também que durante o curso a comunidade aprendeu principalmente sobre a importância da água enquanto um direito que deve ser acessado por todos/as e como evitar as doenças transmitidas através da água contaminada. “Tivemos dicas de com manter a cisterna sempre limpa, tampada e usar a água somente para beber e cozinhar”, conclui.
 
Para Josefa Maria da Silva Almeida, monitora de cursos de gerenciamento em recursos hídricos o papel do monitor vai além de discutir com as famílias sobre o uso e controle da água das cisternas. Para ela, além de transmitir todas essas informações de cuidado e manuseio da água é papel do monitor reforçar a importância do semiárido, enquanto um lugar bom e viável para viver. “Nós monitores, que também somos do semiárido, temos que reforçar essa idéia junto, às famílias. Trabalhamos a idéia da cisterna, enquanto elemento de convivência com o semiárido e discutimos sobre a importância de conhecer a realidade, buscando os direitos, dentro de um semiárido possível e cheio de perspectivas”, finaliza.


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