
QUESTÕES AMBIENTAIS NO SEMIÁRIDO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO CURRÍCULO CONTEXTUALIZADO
Kamilla Ferreira da S. Santos Souza, Rita de Cássia Cerqueira dos Santos
RESUMO:
As questões ambientais e suas relações múltiplas de interação em prol da defesa da vida e da continuidade do nosso planeta são caminhos necessários à construção de um currículo contextualizado. O currículo contextualizado deve trazer como proposta a preocupação com o desenvolvimento sustentável buscando refletir em sala de aula o senso de pertencimento, a responsabilidade individual e coletiva de cuidado com o planeta. A educação, que se propõe nesse texto, parte de uma visão holística do respeito à diversidade cultural, biológica, política, social, econômica, educacional que se contrapõe ao modelo de destruição sem limites dos recursos naturais, que estimula as desigualdades sociais, a concentração de poder alimentando a relação opressão e oprimido. O nosso Semiárido, de modo especial, corre sérios perigos de entrar numa rota de degradação cada vez mais profunda e os processos de desertificação comprovam isso. É um ambiente rico com grandes variedades, diversidades e especificidades. Assim, torna-se fundamental debater as questões ambientais na perspectiva da convivência com o Semiárido e do desenvolvimento sustentável. Nessa dimensão, este texto propõe contribuir com o debate e a temática nos processos de construção do currículo nos municípios através de uma concepção que envolva os princípios que norteiam a Educação Ambiental. Este texto é um subsídio a este caminho. Inicialmente, o texto resgata o debate sobre os impactos ambientais abordando as problemáticas e avanços no Brasil, em especial, no Semiárido. Em seguida, elucubraremos sobre o papel da escola no cuidado com o meio ambiente hoje e como, a partir das reflexões e maturações, a escola terá possibilidades de ampliar, repensar e/ou reavaliar seu papel e suas relações com o meio. Objetivamos, ainda, apontar alguns elementos de como trabalhar a temática na transversalidade do cotidiano escolar, no “fazer acontecer”, envolvendo a realidade do/a educando/a com o olhar direcionado à transformação e intervenção da sua realidade na perspectiva da convivência com o Semiárido.