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Caravana MOC 50 Anos marcou o município de Nova Fátima com sua passagem itinerante
01/10/2017
#2017MOC50Anos
#PorumSertaoJusto
Uma movimentação diferente, alegre, celebrativa tomou conta
do município de Nova Fátima, na sexta-feira, 29 de setembro, com a passagem da
Caravana MOC 50 Anos nessa terra, que faz parte da história de lutas e
conquistas por um sertão justo, cravado nesse cinquentenário do Movimento de
Organização Comunitária – MOC.
Logo pela manhã, os espaços do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais e do Colégio Nossa Senhora de Fátima começou a serem preenchidos com
presenças ricas e alegres de crianças e adolescentes, mulheres e homens,
agricultores e agricultoras, professoras e gestoras escolares, representantes
da Sociedade Civil e de cooperativas para participarem de oficinas, reunião,
Audiência Pública e intercâmbio, com o proposito de trocarem saberes e
ampliarem conhecimentos sobre diferentes temáticas, mas que forma um conjunto
de ações que buscam conquistar mais oportunidades, autonomia, liberdade,
igualdade e dignidade para o povo, em especial para as comunidades do campo.
O colorido e as imagens do stand do MOC, por meio de
registros e publicações das muitas histórias do povo que o compõe, como também
produtos da agricultura familiar e economia solidária tomou conta da rua em
frente ao sindicato, um convite para quem por ali passava apreciar muitos
saberes e sabores em belíssimas exposições.
Culminância
Na parte da tarde, foi aquele momento lindo, de fortes
emoções. Abrindo esse espaço a jovem encantadora de voz e de ser Hiolanny Viola cantando e encantando com
canções que representam nosso rico Semiárido, inclusive a de sua autoria “Daqui
eu não saio, daqui ninguém me tira. O sertão é minha casa, meu orgulho, terra
querida”, um chamado que deu inicio a mais uma Culminância.
O momento contou com a mediação de Vandalva Oliveira
(Coordenadora Pedagógica do MOC), que explanou algumas mensagens sobre esse ato
comemorativo do MOC, como relembrou a força das pessoas e das ações
desenvolvidas naquele município. Em seguida convidou para compor uma mesa de
abertura e saudação ao fundador do MOC, Albertino Carneiro, o prefeito da cidade
José Adriano Pereira, o vereador Gilmario Ferreira, a presidente do Sindicato
Antônia Oliveira e a representante da Actionaid Marina Ramos.
Para embelezar ainda mais à tarde a doce Rayele encantou
com um conto de estória. Assim como, a jovem Mila do Bahia Produtiva declamou
um cordel em homenagem ao MOC.
A segunda mesa foi formada com representações que
participaram das atividades da manhã, trazendo o conhecimento adquirido nos
diversos espaços para compartilhar com todos/as, como também falar um pouco de
como se sente MOC. Esteve presente Antônio Peixoto representante da Sociedade Civil, a Jovem
Ana Rebeca, Edinalva Almeida professora do campo, Antônia
Oliveira presidente do Sindicato, Antônia Evonete Artesã do grupo Agulha Mágica.
Gisleide Carneiro (Coordenadora do Programa PFEES) em nome de
toda equipe do MOC agradeceu pela presença de cada um/uma e mais ainda por
dividirem suas histórias com todos/as, histórias que formam a história desses
50 anos de existência, lutas e conquistas do MOC. Convidando toda plenária para
escoarem bem forte “Somos da Família MOC”, finalizando assim
mais uma linda culminância.
O MOC SOU EU –
MUDANÇAS
O MOC é composto pelas mãos de garras,
resistências e lutas de crianças, jovens, homens e mulheres das diferentes
gerações que se espalharam pelo sertão, que assim faz sua história de 50 Anos acontecer.
Segundo Antônio Peixoto representante da Sociedade Civil é
um motivo de muita felicidade participar dessa comemoração. “Eu vejo o
MOC no rosto das pessoas, de cada um de vocês que tem algo plantado em sua casa,
que foi através do MOC. Seja cisterna, horta e muitas outras coisas. Eu também
acompanho o trabalho do MOC como representante da Sociedade Civil, das escolas
do campo, o trabalho do CAT, que vem fazendo também um brilhante trabalho. Parabenizo toda equipe do MOC que esta aqui (...). Eu só tenho que
agradecer imensamente ao MOC por 50 anos de existência e Nova
Fátima agradece também por fazer parte dessa história.
A Jovem Ana Rebeca expressou com alegria como se sente parte
dessa história. “Tenho 15 anos sou da comunidade de Sinuque, eu vim aqui para
representar os adolescentes. Eu quero dizer que depois desse projeto do MOC e
Actionaid minha vida e as de meus amigos mudaram muito, porque aprendemos sobre
nossos direitos e deveres, sobre agricultura familiar. E eu queria dizer que
faço parte desses 50 anos e eu sou MOC”, disse a Jovem.
Para a professora do campo Edinalva
Almeida abordou que falar do MOC é motivo de grande alegria. “Como pessoa e educadora o MOC
vem transformado minha vida e minha comunidade também. Eu me tornei uma pessoa
mais solidária depois que o MOC entrou na minha vida e de minha comunidade, na
vida das crianças, na escola em si. Hoje eu abraço o problema da comunidade,
através do projeto CAT-Baú de leitura que tem nos transformado. A gente percebe
a alegria de todas as crianças de participar de intercâmbio, do CAT, a gente
percebe que as famílias das comunidades têm mais consciência sobre alimentação
saudável. Tudo isso agradecemos ao MOC”, frisou a professora.
Antônia Oliveira presidente do
Sindicato também relatou. "O MOC tem o olhar diferente de trazer as politicas públicas para que
nós possamos viveremos na nossa região. O MOC vem mostrando que somos pessoas digna
de respeito, nos ajudando a transformar nossa vida de buscar o que precisamos e
acreditamos. Quero agradecer a Deus por tudo e ao MOC por esse olhar para nós,
que nos por transforma a cada dia. O MOC colocou um refletor em nossa
comunidade e foi acedendo muitas luzes de mudanças e conquistas para nosso povo.
Agradeço também ao senhor Albertino por esse olha de águia que ele teve para
fundar o MOC”, ressaltou Tonha como é conhecida.
“Estou muito feliz em participar
dessa festa. É muito bom à gente plantar uma semente e tá colhendo frutos como
o MOC colhe nessa festa. Agradeço muito a equipe do MOC que nos incentivou com
nosso grupo Agulha Mágica. E parabenizo ao seu Albertino por tem fundado esse
movimento tão maravilhoso”, disse Evonote.
Os adolescentes também falaram um
pouco sobre as mudanças que o MOC realizou em suas vidas. “Eu sou muito grata
pela pessoa que eu sou, pelos projetos que o MOC leva para a minha comunidade.
O CAT foi um projeto que marcou muito minha vida, eu aprendi muitas coisas, me
alimentar bem, plantar, ter horta em casa e o projeto Baú de Leitura me ajudou
a fazer mais leituras, à aprender mais coisas. Muito Obrigada!”, expressou a
jovem Andressa. Danilo também deixou sua mensagem ao MOC. “Sou da comunidade
Alto Sereno. E Eu sou o que sou hoje por causa do MOC, da Actionaid e do CAT, e
o Baú de Leitura. O MOC foi uma benção na vida da gente”, expressou o jovem.
“Esse é um momento importante para
todos nós. O que eu sou, o que eu aprendi, a experiência que tenho hoje eu
agradeço ao MOC. Eu estou sempre lutando, sou do grupo de Gênero, lutando por
direitos e deveres iguais, pelas diferenças e as igualdades. Vamos dar aquele
basta. Eu sou mulher e quero respeito”, relatou Maria Semir.
“O MOC não é de
Albertino, não é da equipe do MOC. O MOC é de vocês também. E não seria MOC sem
vocês”, acalentou Albertino Carneiro.
Homenagens
A Associação
Comunitária Nova Fatimense por meio de Dona Maria fez homenagem ao MOC com
entrega de uma placa. “Quero agradecer ao professor Albertino e toda equipe do
MOC por todas as sementes que aqui plantou. Me lembro de muitos encontros que
tivemos com o senhor Albertinho e com o MOC e me lembro de algo que ele dizia:
nunca feche a porta na cara de alguém, a gente só é feliz fazendo feliz ao
outro”, disse Dona Maria. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais também prestou homenagem ao MOC entregando uma placa, em nome de toda diretoria do Sindicato. Em
agradecimentos por tantos anos de pareceria.
Entre uma homenagem
e outra, o vereador Gilmario Ferreira expressou seus agradecimentos também ao um
grande mentor do MOC, Naidison Quintella. “Quero solicitar a equipe do MOC que leve
meu abraço e agradecimento ao um grande guerreiro dentro do MOC, que tenho
certeza que nessa caminhada foi um braço direito de Albertino na luta por esse sertão mais justo, que é o professor Naidison, que foi e é um grande pilar
dentro do MOC, assim como vocês”, falou o vereador.
A família de Seu
Albertino, através de dona Zenaide Carneiro fez homenagem para esse grande
fundador do MOC e também membro da família Carneiro. “Quero dizer ao seu
Albertino que a primeira semente que ele plantou foi na Comunidade do Queijo,
que deu os primeiros passos a partir daí, para formar a associação, passei 10
dias no MOC para escrever o estatuto, para que essa associação constitui-se.
Agradeço ao Senhor Albertino por isso. Agradeço a vocês que regaram essa
semente plantada pelo senhor Albertino”, expressou dona Zenaide.
“Albertino, Cada
história tem a sua beleza e essa beleza deve ser sempre celebrada e
compartilhada. Muito Obrigada por fazer parte da nossa história”, família
carneiro/ Nova Fátima-BA.
A Coordenadora Pedagógica do
MOC Vandalva Oliveira filha da terra nova fatimense também recebeu homenagem
de seus conterrâneos. “Semeei, cultive e sonhe. Voltar às origens é reviver o
passado, celebrar o presente e almejando dias melhores. É revigorar os ânimos para
a caminhada com coragem e ousadia, que nunca te falte à estrada que te leva e a
força que te levanta a cada dia, o amor que te alimenta e a razão que te
equilibra. Te desejamos paz luz sucesso, sabedoria, gratidão e abraços. Continue
semeando alegria, amizade e a bondade. Nunca desista de seus sonhos”.
Caminhada
Diferente de outras
Caravanas, por onde O MOC 50 Anos passou, Nova Fátima realizou uma caminhada ao
invés de carreata, pelas ruas da cidade mostrando as faces e vozes de um povo que fez
essa história acontecer, ecoando sobre a passagem do seu cinquentenário, com
nosso locutor Urias Rios, mostrando ainda cartazes com reivindicação, força e
resistência que faz parte de suas ações. Em parceria com os
alunos do Colégio Nossa Senhora de Fátima que estavam com a campanha de “Quebre o Silêncio”, para acabar
com atos de suicídio,.Assim seguiram em conjunto, unindo o ato festivo do MOC com uma causa nobre daquela sociedade.
Por: Robervania Cunha
Foto: Alan Suzarte
Programa de Comunicação do MOC