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Uma diversidade de produtos, alegrias e proezas marcou a 2ª Feira Feminista do Território do Sisal
27/11/2017
MOC_PorumSertaoJusto
Antes de o sol raiar, percorrendo uma longa
estrada, desbravando belas paisagens no cenário desse grande sertão, a equipe
MOC se descolocou para participar da 2ª Feira Feminista do Território do Sisal,
que aconteceu no município de Quijingue, na Bahia, no último sábado 25 de novembro,
realizada pela Associação Humana Povo para Povo Brasil (Humana Brasil),
Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, Governo da Bahia, mobilizada pelo projeto “União Sertaneja” e apoiada por diversas organizações da região, a
exemplo do Movimento de Organização Comunitária - MOC, que teve em espaço
garantido na exposição de seu stand, que contava por meio de imagens e escritas
sua história de 50 anos de ações e trabalho, por um Sertão Justo.
Para que de fato esse Sertão seja justo, as
mulheres precisam ter seus direitos garantidos e respeitados, além de
valorização, liberdade e autonomia para conquistar seu espaço em todos os
sentidos da vida, entre eles o de adquirir sua renda com seu trabalho. Por isso
com cores, aromas e sabores muitos produtos alimentícios e artesanais,
produzidos através da economia solidária, foram expostos e comercialização, assim
mulheres de toda região estavam presente para mostrar sua identidade e trabalho
em espaço festivo, certificando seu protagonismo.
A Feira também
recebeu grupos de teatro, de danças, capoeira e declamação de versos e poesias
com apresentações voltadas para a temática do feminismo e a denúncia da
violência contra as mulheres no cotidiano, trouxe ainda cantorias e canções que
retrata o sertão cheio de possibilidades que existe na vida de quem nele
habita, como Hiolanny Viola com sua música “Daqui é que
eu não saio, daqui ninguém me tira. O sertão é minha casa, meu orgulho, terra
querida”. Como esquecer de relatar que esteve o “Solaridade”,
levando embelezamentos e oficinas para as mulheres que participavam.
Uma mesa de saudação
também fez parte da programação, na qual a técnica Ádila da Mata do Programa de
Gênero (PGEM) do MOC representou a instituição, falando das ações e luta para
conquistar e incentivar o protagonismo da mulher e o combate a violência de
gênero, apresentando assim a campanha O PROBLEMA TAMBÉM É MEU. Não á Violência
Contra Mulheres, no município, lançada pelo MOC nesse ano de 2017. Para Ádila a
Feira Feminista é de fundamental importância para que se possa construir,
reforçar e empoderar o ser mulher, para que possa minuir e excluir as
desigualdades sociais.
“Esse problema não
pode ser só da mulher, que é agredida, ele precisa ser do Estado, da família da sociedade.
Ele é seu também, quando você ouve ou ver alguma mulher sofrendo violência”, destacou
Ádila reforçando essa reflexão sobre o contexto da campanha.
Segundo Itamra Silva
(Humanas) a Feira é momento de dar visibilidade ao trabalho da mulher, assim
como fortalecer suas conquistas. “Essa Feira tem como objetivo o empoderamento
feminino, social e político das mulheres (...). É um momento histórico e foi
pensada para ser em Quijingue pela mobilização do próprio município e vai dar
continuidade, cada ano em um município diferente”, frisou Itamara.
A Cooperativa Rede
de Produtoras da Bahia – COOPEREDE, rede assessorada pelo MOC, através do Programa
de Fortalecimento de Empreendimentos Econômicos Solidários - PFEES também esteve
presente expondo seus produtos da agricultura familiar e economia solidária.
Por: Robervânia Cunha
Programa de Comunicação do MOC-PCOM