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Encontro de Sensibilização do Baú de Leitura despertou encantos e criatividades em professores/as
29/03/2019
“Um livro é um
brinquedo feito com letras. Ler é Brincar”, Rubem Alves. Foi com essa leveza
que professores e professoras se envolveram, se despertaram e se encantaram no
Encontro de Sensibilização do projeto Baú de Leitura, realizado nos dias 28 e
29 de março, em Feira de Santana, pelo Movimento de Organização Comunitária
(MOC), em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Secretarias
municipais de Educação, Movimentos socais e Sindicais do Campo, com o proposito
de sensibilizar educadores e educadoras de escolas para a leitura lúdica,
prazerosa e contextualizada, visando desenvolver e melhorar a aprendizagem
significativa das crianças e adolescentes e construindo o gosto duradouro pela
leitura.
O encontro teve uma
programação encantadora, guiada pela metodologia participativa, oportunizando
expressão, com trabalhos em grupos, leituras dinâmicas, exposição de atividades
lúdicas contextualizadas. E assim, no primeiro momento instigou professores e
professoras no conhecer a si mesmo, falar da sua identidade (origem) e de como
ver o mundo, expressando de forma artista através de desenhos, que resultou
em mandacaru, sol, árvore, coração, entre outros. Logo em seguida em grupos
criaram e apresentaram entre poemas, músicas e muita criatividade uma única
história com elementos de cada um/uma para valorização étnica, pessoal e
cultural.
“É dos sonhos que nascem à inteligência (...).
É preciso escutar as crianças para que a sua inteligência desabroche”, Rubem
Alves. Para aprofundar os conhecimentos sobre o projeto Baú de Leitura a
professora Jussara Secondino (uma das mentoras na construção do projeto Baú de
Leitura), explanou sobre o sentido, a proeza e a metodologia desse projeto,
pois o Baú de Leitura diante da educação e leitura no Brasil inserido em um
contexto histórico, optou-se por fazer um resgate dos principais elementos da
história, projeto centrado na oralidade, no cotidiano das pessoas, na viagem do
mundo da fantasia, da imaginação, no desejo de mudar para melhor a vida de
milhares de crianças, adolescentes e de todos/as, dentro de processo histórico e
social da educação e de leitura no Brasil, ou seja, “A leitura precisa ser
significativa a partir da sua realidade, sem perder os encantos”, destacou
Jussara Secondino.
Vale ressaltar, que a
sensibilização é divido em três motes (fases), sendo este o primeiro realizado
com professores/as em 2019, que estão se inserindo nessa metodologia de
leitura. Desse modo, os/as envolvidos/as buscam analisar e refletir em volta do:
espaço sedutor para a leitura, da apresentação do acervo/autores, da
compreensão do texto, na interpretação, da contextualização, na
intertextualização, dimensão social e dimensão política.
E a partir dessa reflexão
foram apresentados e encenados de maneira lúdica e atrativa os livros: A
esperança é uma menina que vende frutas (Amrita Das); Menina não entra (Telma Andrade);
Os direitos das crianças (Ruth Rocha) e O mundo começa na cabeça (Priscav
Agustoni). Essas lindas obras fizeram florir as imaginações e as reflexões de
cada mostra. Afinal é essa sensibilidade que precisa construir um novo sentido,
despertar para o mundo e se apropriar do gosto das leituras nos momentos de
sala de aula.
A técnica do MOC Ana
Paula Duarte encantou e fincou uma reflexão silenciosa através do Livro: ‘A parte
que falta em mim’, finalizando o primeiro dia de encontro. “Face a qualquer
objeto simbólico, o sujeito se encontra na necessidade de ‘dar sentido’. E o
que é dar sentido? Para o sujeito que lê, é construir sítios de significância,
é tornar possíveis gestos de interpretação”, (ORLANDI, 1996,p.2).
O segundo dia iniciou
com dinâmica de contação histórias, com uma educadora leitora, seguindo para
leitura dinâmica circular, com a facilitação de Ana Paula Duarte, com o texto:
Concepção de leitura (Baú de Leitura), bem como o passo a passo de como
funciona o trabalho com o Baú de Leitura, teve ainda discussão sobre o núcleo de leitura e seu funcionamento, além de
planejamento dos trabalhos, tipo que dia trabalhar com o projeto, como
trabalhar e o que é necessário fazer.
A avaliação do encontro foi brotada através da mensagem. “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”, Guimarães Rosa. “É a primeira vez que estou aqui, estou me sentindo muito realizada, porque foi um momento muito significativo (...). E a bagagem que eu levo é sentimento de comprometimento, de sensibilização e parceria. Os caminhos da educação são largos, mas a gente ver que projeto como esse do Baú de Leitura nos mostra um caminho novo, um caminho melhor”, Mariene Matos (professora Conceição do Coité).