Jovens do Projeto Repensar vivenciam na prática o cotidiano de agricultores

10/12/2010

Viver no campo com mais qualidade e com a possibilidade de gerar renda é o que muitos jovens que não pretendem migrar para a cidade estão buscando. Para fortalecer essa idéia, 30 jovens de 11 municípios baianos participaram entre os dias 07 e 09 de dezembro do Intercâmbio de Vivência do Projeto Repensar.

A atividade consistiu na vivência em duas propriedades rurais, onde os jovens participaram da rotina dos agricultores familiares Eduardo Émídio Queiroz e sua esposa Izabel Queiroz, criadores de caprinos e ovinos, na comunidade de Barreiros, no município de Riachão do Jacuípe, e José Domingos, na Comunidade de Cajueiro, no município de Tucano, criador de abelhas.

Os jovens conheceram o contexto histórico da propriedade e como os agricultores planejam a utilização de cada espaço, vegetação, plantio e o cuidado com os animais. Em seguida eles se prepararam para a prática da horticultura ecológica, que para muitos será fonte de renda.  

Nos dias seguintes os jovens já integrados à rotina da propriedade aprenderam o manejo de caprinos, ovinos e abelhas. O objetivo é proporcionar ao jovem uma vivência prática, que lhes dê instrumentos para organizar suas propriedades, respeitando o meio ambiente, a partir de princípios agroecológicos, levando em consideração a segurança alimentar, ou seja, o consumo familiar e a venda de produtos sem agrotóxicos.

O Projeto Repensar – Nascido no ano de 2007, o projeto Repensar tem buscado melhorar a renda das famílias dos jovens agricultores e garantir a recuperação e preservação de um dos principais biomas da Região Semiárida, a Caatinga. Para isso, o projeto valoriza ações no campo da teoria, mais também da prática, aliando o saber popular dos agricultores que recebem os jovens, ao saber técnico.
 
Para o jovem Celson Góes, que participou da atividade na comunidade Cajueiro, a atividade foi enriquecedora. “Uma coisa que me enriqueceu foi o trabalho em grupo/mutirão e a prática do feno, que tentarei sempre fazer, pois o aproveitamento de alimentos vai melhor beneficiar a minha propriedade”, afirma o jovem.

Outro destaque dado por Celson para a atividade é em relação à metodologia utilizada. “Na prática a gente pega uma coisa diferente e aprende mais, capta mais as coisas. Tenho certeza que muitos de nós saímos com um outro saber” ressalta Celson Góes.


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