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MOC lança campanha de enfretamento a violência: #PelaVida – De Meninas e Mulheres
15/11/2019
“Não serei livre enquanto
alguma mulher for prisioneira,
mesmo que as correntes delas
sejam diferentes das minhas”
Audre Lorde
Movimento de Organização Comunitária (MOC),
realizou nessa quarta-feira (14/11), no Centro Cultural Ana Rios, no município de
Conceição do Coité, o lançamento da campanha: #PelaVida – De Meninas
e Mulheres. A campanha reafirma que ‘seguiremos em marcha até que todas
sejamos livres’ nos 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência
contra as Mulheres, que visa denunciar a violação dos direitos humanos de
meninas e mulheres e anuncia a construção de uma cultura de paz, de respeito e
solidariedade, porque a vida humana importa.
Com a participação de mulheres de movimentos sociais,
de redes, da sociedade, estudantes, educadores/as e jovens o evento proporcionou
uma ampla discursão sobre as questões de gênero com foco nos diversos tipos de violência.
Apontou também elementos que fortalecem a luta, caso da masculinidade tóxica,
contextualizando a importância de meninos e homens nas mudanças de comportamentos
pelo enfrentamento a violência contra meninas e mulheres.
Sobre temática, mesas de debate inseridas na programação
focaram, sobretudo, a necessidade de discutir e compartilhar campanhas como
esta para anunciar os mais diversos tipos de violências de gênero. Representações
do município, Ministério Público de Conceição do Coité, da Secretaria de Políticas
para Mulheres (SPM) do Governo do Estado, lideranças regionais e municipais na
luta de enfrentamento a violência, Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e do
MOC discorreram a importância da campanha e a soma de estarem junto diante dela.
Para Maria Vandalva, Coordenadora Pedagógica do MOC, fala da importância da campanha para MOC, “é a reafirmação do compromisso nessa luta que é uma luta de muita gente, e o que o MOC faz é o lançar a semente em solos certos sendo este o compromisso de muita gente, fortalecendo a caminhada e a trincheira de luta das mulheres”.
Selma Glória, Coordenadora do Programa pelo MOC, ressalta a ação como “um desafio pensado nas questões estruturantes, orçamentárias, mas é um compromisso político e humano do MOC, onde a gente consegue mobilizar diversos município, fazer com que essa mensagem chegue as mulheres que estão muito mais distantes. É um desafio e uma alegria, saber que nós estamos cumprindo nossa missão e que a vida de meninas e mulheres importam”.
Representando a SPM, Kátia Aparecida, diz
sobre a parceria do estado com os movimentos de luta pelos direitos das
mulheres. “A gente vem intensificando campanhas como estas por entender que o
estado sozinho não vai conseguir fazer esse trabalho, pois precisa ser conjunto,
por entender que é juntas que a gente vai vencer esse machismo e esse
patriarcado”, completa.
Contextualizando o tema e promovendo a
inquietação o tema sobre masculinidade tóxica também foi ponte de debate que
segundo o professor da UNEB do campus
de Conceição do Coité, Mateus Santos, é de grande importância discutir. Para ele,
“ trazer o tema para discutir é essencial, e não foi uma iniciativa de homens,
foi de mulheres por causa feminismo. Se os homens fazem parte dessa rede de hierarquia,
de agressão, subjugação, cabe também aos homens uma reflexão em busca de um
mundo libertário. É importante a gente pensar sobre masculinidades uma vez que
a gente trabalha com jovens que estão estudando, estão em formação estão constrangidos
a ser homens é de autorreflexão para novas possibilidades”.
No lançamento um destaque importante para os
jovens, assistidos pelo MOC, que forma criativa e interação mostraram em
diversos momentos o quão importante é a presença da juventude nos espaços de
debate, na formação e mobilização para as transformações de comportamento, de consciência
política e de comprometimento com as causas sociais.
A participação da juventude trouxe também um
trabalho exclusivo para a campanha. Dois jovens que participam das ações do
MOC, protagonizaram parte das peças de comunicação em audiovisual, da campanha
fomentando que a participação dos jovens pode fortalecer os discursos de temas
sociais.
Para o MOC, diante de sua missão, a campanha
vem contribuir a luta de inúmeras mulheres do Semiárido fortalencendo
o exercício da cidadania e contribuindo
para que mulheres nas áreas rurais e periurbanas estejam empoderadas
sociopolítico, econômica e culturalmente avançando com suas famílias,
comunidades e organizações na construção de relações justas e solidárias na
perspectiva da promoção da igualdade e equidade de gênero.
Texto e Fotos: Kívia Carneiro
Comunicação MOC