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A morte tirou de nosso convívio o cantor, poeta e compositor Caboquinho.
20/05/2020
A morte tirou de nosso convívio (20.05) o cantor, poeta e compositor Caboquinho.
Incansável batalhador em prol do
repente, da poesia de cordel, dos “contos” e outras modalidades de expressão da
arte do Nordeste, Caboquinho vivia entre nós espalhando poesia, alegria, risos
e cantos críticos do contexto brasileiro. Possui programas específicos de Rádio
com esta temática.
Incentivador forte dos
Cantadores, onde muitos ais jovens o tinham como mestre, foi organizador, em
Feira de Santana, de várias edições do Festival de Violeiros do Nordeste,
muitas vezes apoiado pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC).
Participou de vários eventos
promovidos pelo MOC, alguns dos quais com caráter nacional, demonstrando a
riqueza da cultura nordestina e embevecendo os presentes.
Juntamente com seu irmão Joao
Ramos, representaram Feira de Santana e o MOC num evento de música em Portugal,
onde cantaram repentes em várias cidades, tendo inclusive feito apresentações
dialogadas com os cantadores de fado daquele país. Amigos do MOC ainda hoje
relembram a riqueza e a beleza destes referidos encontros.
Pobre, a arte nunca lhe trouxe
riquezas. Mas era rico de alegria, de poesia e de vida.
A morte, ao levar Caboquinho, nos
deixa uma vazio, impossível de ser preenchido, dada a unicidade de cada pessoa
e da missão que cada um desempenha na vida e no mundo.
A morte, no entanto, não poderá
tirar de nós, nunca, sua poesia, sua jovialidade, sua inspiração, seus
repentes, sua espirituosidade.
Caboquinho Vive!!!