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Animadas dramatizações e a apresentação de um programa de rádio ao vivo marcaram nos dias 12, 13 e 14 de março a abertura da 1ª Conferência da Juventude nos Territórios da Bacia do Jacuípe, no município de Baixa Grande, do Sisal, em Serrinha e Portal do Sertão, em Feira de Santana.

Durante as dramatizações, que retrataram as necessidades da juventude, cerca de 2.500 jovens mobilizados para as três conferências refletiram sobre a pergunta feita pelos intérpretes: porque ser um jovem politizado? A indagação demonstra um dos objetivos da conferência, que visa formar politicamente o jovem para que possa contribuir na construção de políticas públicas que melhorem sua qualidade de vida e potencialize a atuação nos municípios.

Outro objetivo das conferências é construir com a participação da juventude um plano estadual que ofereça aos quatro milhões de baianos, com idade entre 15 e 29 anos, políticas públicas que possam mudar a situação dos jovens.

Nas conferências, os jovens debateram temas como diversidade, direitos, educação, cultura, política, participação e trabalho. “Esse é um momento único que a juventude tem, poucas vezes aconteceu um evento que congregasse tantos jovens para discutir temas referentes à sua vida social. O ponto mais importante agora é tirar das discussões realizadas nos grupos de trabalho encaminhamentos que possam ser colocados em prática”, afirma Iracema Santos, integrante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.

Nos grupos de trabalho, os jovens debateram a formação do Fórum de Juventude Territorial e o Conselho de Juventude para articular os municípios e manter contato direto dos jovens com o poder público.

As propostas aprovadas nas etapas territoriais serão levadas para as Conferências Estadual e Nacional de Políticas Públicas de Juventude, que acontecerão, respectivamente, entre os dias 28 e 30 de março, em Salvador, e no período de 27 e 30 de abril, em Brasília.

Participação juvenil - Por causa das experiências acumuladas em juventude, o Território do Sisal teve a participação mais expressiva entre as três conferências, contando com a presença de aproximadamente 1.200 pessoas, entre jovens, representantes de organizações juvenis e poder público.

Inês Dourado, jovem participante da Conferência, conta com alegria que participando desse espaço se sente mais livre para expor suas necessidades enquanto jovem e interferir no processo de construção de políticas que beneficiem a juventude e outros setores da sociedade.

Segundo Felipe da Silva, representante da Pastoral da Juventude, a participação do jovem é essencial nesses espaços de debate e construção porque a democracia e a política se constroem com a participação do jovem. “O espaço da conferência, onde participam jovens indígenas, quilombolas, rurais é um lugar de chegada e partida para as políticas públicas que vão levar desenvolvimento não apenas para jovens, mas para agricultores familiares, mulheres e crianças, pois as políticas públicas não beneficiam apenas a juventude”, explica.