Famílias aprendem como manejar água para produção de alimentos

07/08/2009

No município de Várzea da Roça, 28 famílias das comunidades de Gameleira, Mario Rodrigues, Pedrinhas, Capoeira do Milho e Lagoa do Alexandre, beneficiadas pelo Programa Uma Terra e Duas (P1+2), da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), estão reunidas entre os dias 5 e 7 de agosto participando do curso de Gestão da Água para Produção de Alimentos (GAPA).
 
Com o objetivo de conhecer as tecnologias de capitação de água e as formar de potencializar o uso na produção de alimentos, o curso está sendo desenvolvido também no município de Queimadas, sendo executado pela Associação dos Pequenos Agricultores Familiares de Serrinha (APAEB). 

Entre as tecnologias disponibilizadas para as famílias estão o tanque de pedra, a barragem subterrânea e a cisterna calçadão. Para Vanessa da Cruz Santos, da comunidade de Capoeira do Milho, que trabalha com beneficiamento de biscoito a partir da fécula da mandioca no Grupo Casa do Biscoito, a cisterna calçadão que será construída na propriedade do pai representa uma grande ajuda, uma vez que algumas das frutas utilizadas na fabricação são produzidas na propriedade. 

“Para a nossa família só vai melhorar, pois agora teremos como ampliar a produção, isso vai contribuir para o nosso trabalho no grupo e o consumo da família” afirma Vanessa da Cruz. 

Durante o curso as famílias discutiram sobre convivência com o semiárido, agroecologia, produção e armazenamento de água, preservação ambiental e segurança alimentar. Além dos debates, foram realizados trabalhos em grupo traçando diagnósticos dos tipos de propriedades existentes, onde foi exibido o documentário da Um Outro Olhar sobre o Semiárido, da ASA. 

Para o agricultor Renato Ribeiro Santana, da comunidade de Gameleira, o curso está sendo um espaço de aprendizagem. “Conheci muita coisa importante, a gente não tinha idéia de como trabalhar, esse curso está incentivando a gente a produzir mais e com qualidade para a família, além da horta quero ampliar a plantação de frutas e verduras sem uso de agrotóxicos”, afirma o agricultor que já possui a cisterna de consumo do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC).



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