Famílias recordam cuidados com a água e cisterna

01/10/2009

O cuidado com o manuseio da cisterna inclui práticas que devem está presentes no cotidiano das famílias que possuem esse bem tão importante para a qualidade da água e da vida das pessoas. Pensando nisso MOC e a Action Aid realizam desde 2008 o Curso de Recapacitação em Gestão de Recurso Hídricos com as primeiras famílias beneficiadas com as cisternas de consumo humano.

O curso aconteceu hoje (01 de outubro) na comunidade de São Francisco em Riachão do Jacuípe, com a participação de 17 famílias. Além discutir a importância da gestão da água, o curso também abordou algumas temáticas importantes como políticas públicas voltadas para o acesso a água, convivência com o semiárido e pautou ainda a necessidade das comunidades estarem mais organizadas para buscar outras políticas como educação, saúde, saneamento entre outras.


O curso que já foi realizado em outros municípios como Conceição do Coité, Serrinha e Riachão do Jacuípe, oferece uma formação continuada que segundo a facilitadora, Sabrina Carneiro é bem mais abrangente que falar de água apenas. “Mostra que é possível conviver com as condições climáticas da nossa região e que a cisterna é uma forte aliada na luta por melhores condições de vida, de políticas não somente de acesso água, mais em outras esferas sociais”, afirma. Além de fazer essa discussão política ela também orientou sobre os cuidados no tratamento no tratamento da água e manutenção da cisterna.

Tratamento - Para que a água esteja adequada para o consumo, as famílias conheceram alguns métodos como a coação da água, filtragem, fervura e uso de hipoclorito de sódio, que deve ser dissolvido numa proporção de duas gotas para 1 litro de água.

Além desses cuidados, as famílias recordam a importância de não deixar que a primeira chuva caia na cisterna, por que ela leva consigo toda a sujeira do telhado, e que a cisterna deve ser mantida fechada e lavada.


Para Maria Janete dos Santos, uma das beneficiadas que participou do curso, antes a freqüência de doenças causadas por verminoses era alta. “Antes era ruim porque a gente tomava água do barreiro, água suja onde as pessoas até defecavam, hoje a gente tem a alegria de ter água limpa e doce em casa, e ver que diminuiu as doenças causadas por vermes”, afirma Maria Janete, mãe de três filhos, que antes ajudavam a buscar água no horário de ir para escola.

"Mesmo com a aparência saudável, a água da cisterna também requer tratamento", essa foi mensagem deixada por Sabrina. Somente este ano o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) já construiu 1.500 cisternas de consumo humano.

 


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