Evento de Culminância da Campanha O PROBLEMA TAMBÉM É MEU! Não à Violência Contras as Mulheres

14/12/2017
Evento de Culminância da Campanha O PROBLEMA TAMBÉM É MEU! Não à Violência Contras as Mulheres

#MOC_PorumSertaoJusto

“Entrei na luta da luta eu não fujo (...). Pra construir uma nova sociedade”. Essa luta é continua de todos os dias e anos, até que todas as mulheres sejam livres, autônomas e dotadas de direitos de equidade de gênero. Até que se combatam todos os tipos de violência contra as mulheres existente em uma sociedade machista, preconceituosa e racista, que oprime e lapidam vidas diariamente. Na certeza que esse problema é de todos/as que se encerra o ciclo de mais uma campanha de enfrentamento à Violência de Gênero, realizada há anos pelo Movimento de Organização Comunitária – MOC, que esse ano de 2017, teve como tema o PROBLEMA TAMBÉM É MEU! Não a Violência Contra as mulheres,
em paralelo à Campanha de 16 Dias de Ativismo. Pelo Fim da Violência Contra Mulheres, a Campanha contou ainda com o apoio da instituição internacional Actionaid.

Essa Campanha percorreu o objetivo de contribuir para desnaturalização da violência de gênero, dando visibilidade as diversas formas de violação dos direitos das mulheres, de modo que promova o seu acesso aos mecanismos de prevenção e enfrentamento a violência, neste ano, a Campanha teve uma dimensão regional, unindo-se a outras entidades, organizações
de mulheres e feministas, como também redes e sindicatos, envolvendo municípios do Território do Sisal e o Território da Bacia do Jacuípe, na qual realizou nesse dia 13 de dezembro, no município de Valente, um momento de consolidação de suas atividades com esses municípios que trabalham com essa luta, instigando-os a continuar com as demandas e ações de enfrentamento à violência de gênero.

Com participação de lideranças do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR) e Secretarias de Mulheres dos Sindicatos de Trabalhadores/as Rurais (STRs), Gestoras Públicas, profissionais das Redes Municipais de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres (CRAM,CRAS/CREAS...), homens e jovens das organizações e comunidades de base, que as atividades seguiram por mística de abertura, mesa de saudação contando com presença de representantes dos movimentos e organizações. Logo após, a técnica do Programa de Gênero (PGEM) do MOC Cátia Souza fez uma contextualização sobre a Campanha, assim como mostras das estatística dessa violência, principais cenários e vitimas, além de meios e ações
  que precisa fortalecer dia a dia para extinguir esse problema crítico do meio social.

Em outro momento, houve um painel de explanação e debate em torno da temática “Violência contra as mulheres e os desafios no acesso aos mecanismos de proteção”, contando as contribuições de Amélia Maraux (Pró Reitora de ações afirmativas UNEB/ e Conselheira do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Mulheres – CDDM) e Cleuza Juriti (Representante do Movimento de Mulheres Negras do Sisal).

A Pró Reitora trouxe elementos importante, para que se possa pensar no quanto a conjuntura política, que vem cortando direitos do povo, atinge diretamente e fortemente as mulheres. Abordando ainda, que é necessário uma educação, que ensine que a mulher não é objeto, “A mulher é um ser social e político e ela pode estar onde ela quiser. Essa é uma educação de base que esse país precisa ter (...). É a partir desse direito, que nós podemos lutar por cidadania”, frisou Amélia.

Cleuza elevou sua fala em volta dos movimentos de mulheres, nos quais é preciso se organizar mais para buscar as medidas de apoio e enfrentamento à violência contra as mulheres, principalmente as mulheres negras, que nas estatísticas são que mais sofrem violência. “Para falar de violência é precisa trazer esses aspectos, porque se a gente não traz as mulheres não vão está preparada para a sociedade (...). Precisamos dialogar sobre a violência, não só domestica mais por todos os aspectos”, ressaltou a Representante do Movimento de Mulheres Negras do Sisal.

Na oportunidade, os municípios que desenvolveram ações sobre o enfrentamento a violência contas as mulheres, abraçando a causa da Campanha, socializaram o que aconteceu nessa caminhada de 16 Dias de Ativismo, partilhando suas vivências, expectativas e esperança no combate dessa triste realidade em todos os ciclos sociais e familiar. Assim, uma junção de atos, caminhadas, panfletagem, roda de proza, seminários, oficinas, audiências foram realizadas, na busca de disseminar, conscientizar e multiplicar os conhecimentos sobre essa causa.

“Quero agradecer a presença de vocês, dizendo do orgulho que é ver as organizações de mulheres nos municípios e comunidade, trabalhando nessa campanha que vai para além apenas desses dias. Aqui é mais um ponto de partida para fortalecer as lutas de enfrentamento a violência contras as mulheres, buscando assim mecanismos de apoio, proteção e garantia de direitos para as mulheres”, expressou Cátia.




Por: Robervânia Cunha
Programa de Comunicação do MOC