Destaque para a Região Sisaleira no Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil

08/06/2005

Desde 2002, o dia 12 de junho é lembrado em todo o mundo como o Dia Internacional contra o Trabalho Infantil. Este ano, tem como tema o trabalho infantil na mineração, considerada uma das piores formas de exploração de crianças. No Brasil, a mobilização tratará do tema, mas terá como centro a luta contra todas as formas de trabalho infantil.

Em Feira de Santana, o Fórum Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalhador Adolescente de Feira de Santana, em referência a essa data, promoverá uma Oficina com o tema "Estratégias da Comunicação para o Combate ao Trabalho Infantil". O Evento será realizado na próxima quinta-feira (09/06), no Auditório do SENAC, na Rua Domingos Babosa de Araújo. Inscrições gratuitas podem ser feitas pelo fax (75) 3625.7026.

A Região Sisaleira tem sido destaque nessa luta, afirma José Baptista, subdelegado regional do trabalho em Feira de Santana: "O trabalho infantil nas lavouras de sisal e pedreiras na região sisaleira é passado. Não existe mais. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil de fato cumpriu com o seu dever."

Além da oficina para comunicadores, o Fórum composto por 54 entidades está desenvolvendo nesta semana uma série de ações como fiscalização em empresas e nas ruas de Feira de Santana e na Região do Sisal.

O Brasil é considerado referência mundial no combate à exploração de crianças. É o único país a adotar política específica contra a exploração desta mão-de-obra, com o envolvimento dos estados, municípios e da sociedade. Desde 1997, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), na Bahia, vem ampliando sua atuação partindo de apenas 5 municípios e 8.276 crianças atendidas, para 99 municípios e 122.418 mil crianças atendidas até o ano de 2004. O PETI paga de R$ 25 a R$ 45 para as famílias retirarem crianças e adolescentes de 7 a 15 anos do trabalho penoso, insalubre e degradante, devolvendo a estes os direitos a ações sócio-educativas e oportunidades de convivência familiar e social. Atualmente, no Brasil, o programa beneficia 930.824 crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos, o que significa uma redução de 47,5% do uso de mão-de-obra infantil neste período, de acordo com dados do PNAD/IBGE.