Publicações
- Inicial
- Publicações
- Geral
Encontro refletiu a conjuntura de ATER a partir dos resultados alcançados e desafios das ações
30/04/2019
Durante
o dia 30 de abril, reuniram-se no município de Conceição de Coité, representantes de organizações
como: APAEB Serrinha, APAEB Araci, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR)
de Retirolândia, Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (SINTRAF) e Secretaria de Agricultura de Conceição do Coité, também a Secretaria de Araci, SETAF-Sisal e as
lideranças das comunidades assessoradas pelo Movimento de Organização
Comunitária (MOC), pela Chamada Pública ATER SDR/BAHIATER: Lote 34, edital
01/2015.
O
encontro teve como objetivo principal, refletir sobre a conjuntura de Assistência
Técnica e Extensão Rural (ATER), tomando como base os resultados alcançados e
dos desafios a partir das ações implementadas com o serviços de Assistência
Técnica, além de buscar as estratégias para futuras ações de ATER. E foi marcado
pelos diversos depoimentos dos participantes, acerca das
transformações e das mudanças alcançadas com serviços de ATER.
Segundo
Dona Maria, da comunidade Lagoa Escura, município de Santaluz, a Assistência
Técnica fez muita diferença em sua vida. “Minha vida tem outro
sentido depois do técnico, antes eu não tinha minha independência, não sabia
muito trabalhar com a terra, mas hoje eu tiro da terra o meu sustento, lá é
minha felicidade, trabalhar com a horta, com os animais e com as sementes, só eu
sei o quanto isso mudou minha vida”, contou a agricultora emocionada.
Desse
modo, foram muitos depoimentos expostos durante o dia, lembrando-se das mudanças
com serviços de ATER, das mudanças de hábitos de cultura da lida com as Unidades
Produtivas Familiares (UPF), e até a relação com as organizações sociais, como:
sindicatos, associações comunitárias, entre outras. Ficou bem evidente, nos
diversos momentos de apresentação e escuta das experiências, sobre um novo
jeito de fazer a ATER, que foi implementado, considerando os aspectos sociais,
ambientais, culturais e econômicos das famílias.
Assim,
pensar na Assistência Técnica desde seu processo de produção, até os processos
de beneficiamento, organizativos dos sujeitos, faz desse serviço à
diferença, pensar uma ATER de valores e de processo, na perspectiva de
construir o território semeado de vida e de possibilidades. Por isso, foi
importante também debater com os participantes a conjuntura de ATER, como ainda
a situação de todo desmonte das políticas públicas, voltadas para agricultura
familiar.
Enfim,
o encontro foi muito proveitoso, além de incentivar mais a ideia de entender a ATER
como instrumento de desenvolvimento local/regional, a partir dos processos de formações
na perspectiva de fortalecer e implementar as políticas públicas voltadas para
agricultura familiar. É preciso mais do que nunca ocupar os diversos espaços, para
que essa política pública seja garantida e efetivada pelos poderes públicos no
estado, a fim de promover desenvolvimento e a garantia dos direitos aos camponeses
e camponesas. Fincou os desejos em palavras e mensagens que a ATER seja
continuada e garantida.
Por:
Ana Dalva Santana (Programa de Água, Produção de Alimentos e Agroecologia -PAPAA)