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MOC realizou Avaliação do Programa Um Milhão de Cisternas
13/05/2019
Em mais uma etapa de Avaliação do Programa Um milhão de Cisternas (P1MC), que trabalha com o intuito de melhorar a vida das famílias que vivem na Região Semiárida do Brasil, garantindo o acesso à água de qualidade, o Movimento de Organização Comunitária (MOC), realizou entre os dias 09 e 10 de maio, uma avaliação do P1MC, em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
A atividade contou com a participação de representantes dos municípios de Capela do Alto Alegre, Nova Fatima, Santa Luz, Santa Barbara e Feira de Santana. Essa atividade teve como objetivo de discutir com as organizações sociais que compõem as comissões executivas municipais, e Famílias integradas ao P1MC – TC 047/2017, refletiu sobre conjuntura política, avanços, retrocessos e desafios para a garantia os direitos, refletindo também sobre elementos da convivência com o Semiárido - avaliando a execução do Programa 1 Milhão de Cisternas rurais, com ênfase na implementação das tecnologias do TC 047/2017.
“O nosso objetivo é promover uma avaliação com o termo de cooperação, celebrado entre MOC e a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), a partir da associação do Programa Um Milhão de Cisternas, com a TC 047/2017 que visa implementar 630 tecnologias sociais de captação e armazenamento de água da chuva para o consumo humano, então nós estamos aqui com lideranças comunitárias, com famílias beneficiárias, com organizações sociais que compõem as comissões executivas municipais, avaliando toda a caminhada desde a mobilização das comunidades, a identificação das famílias, a formação dos profissionais das famílias e até a implementação das cisternas, de lá para cá ocorreram mais ou menos aproximadamente uns seis meses, então como foi essa caminhada, como foi essa construção e que resultado a gente tem hoje desse projeto, dessa parceria, que é da ASA, que é do MOC e que tem também o Financiamento do Ministério da Cidadania do Governo Federal, então o nosso objetivo aqui é avaliar esse projeto e refletir sobre os frutos que ele já deu até aqui”, frisou Ana Glécia, Coordenadora do Projeto de Cisternas do MOC.
Durante a programação aconteceu também uma reflexão coletiva sobre conjuntura Política e Seguridade Social com Naidison Baptista, que teve como proposito de refletir sobre conjuntura política, avanços, retrocessos e desafios para a garantia dos direitos, bem como fazer análise sobre os elementos da Convivência com o Semiárido, além de entender melhor sobre a Seguridade Social.
“A reforma ela é muito perversa, porque um trilhão de reais que se diz que serão economizados, eles serão economizados às custas dos trabalhadores rurais e as custas dos que ganham até R$ 2300, o trabalhador rural vai perder a situação de categoria especial, que significa que ele vai precisar contribuir por cerca de 600 reais por ano para a previdência, além de ter o prazo de trabalho aumentado, então isso significa uma perda imensa. E agora com essa nova reforma, vão ter mais dificuldade de se aposentar porque se deixa de reconhecer o papel do sindicato no processo de aposentadoria, o trabalhador ele tem pouca capacidade de lidar com papéis e de organizar papéis e isso o sindicato tem feito para ele e tem atestado sua qualidade de segurado e de trabalhador rural. A nossa tarefa enquanto movimentos sociais é entrar em contato com os deputados que nos elegemos, pressioná-los e dizer para todos os deputados do seu estado: Olhe, a previdência vai nos matar, vote contra e estou de olho em você”, ressaltou Naidison Baptista.
Caminhando em sua programação por construção de espaços com elementos levados pelos municípios, diagnostico do local onde vivem, trabalhando em grupos sobre os desafios e avanços acerca do Semiárido. Seguiram ainda se debruçando e refletindo coletivamente sobre o resultado dos grupos, com construção, propostas/caminhos de fortalecimento do acesso aos direitos, as famílias avaliaram os pontos positivos e pontos negativos do processo de implementação das cisternas e as organizações das comissões municipais avaliaram o processo da implementação das cisternas.
Na oportunidade, no segundo dia de evento os Agricultores, agricultoras e integrantes das comissões municipais do TC 047/2017, trocaram saberes e vivências com um intercâmbio que fortaleceu a convivência com o Semiárido, na comunidade de Cazuzão, no município de Serra Preta.
“Essa já é a quinta vez que a gente recebe o intercâmbio na nossa comunidade de Cazuzão e assim a cada momento, a gente vai percebendo o quanto é importante essa troca de experiência, que só o intercâmbio com assistência técnica vem possibilitando para a gente e principalmente na nossa forma de se desenvolver e desenvolver também a nossa comunidade”, frisou Gerson Souza, Presidente da Associação Comunitária de Cazuzão.
Durante o processo de avaliação do P1MC, é discutido também sobre o papel da cisterna enquanto um instrumento pedagógico, e sobre a percepção da cisterna como um instrumento de convivência com o Semiárido, pois ela possibilita inúmeros avanços não só para as famílias, mas para as comunidades rurais como um todo.