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Projeto visa reinserção de presos através de pena alternativa
15/04/2011
O Núcleo Avançado de Prevenção Criminal e Defesa do Preso Provisório reuniu no dia de ontem (14) instituições da sociedade civil durante seminário. O evento teve como objetivo apresentar o trabalho realizado pelo núcleo e sensibilizar as instituições para apoiarem Projeto Pena Alternativa, que visa o trabalho de reinserção de presos na sociedade através de medidas sócio-educativas. O MOC, o DISOP Brasil, CREAS, CRAS entre outras entidades foram convidadas a contribuir com esse trabalho.
O projeto busca a parceria das instituições na perspectiva profissionalizante, onde o assistido que não foi condenado por crime violento, terá oportunidade de se re-habilitar através de prestação de serviço a comunidade, aprendizado de uma profissão e acompanhamento multidisciplinar, através de assistente social, psicólogos e pedagogos do núcleo. Para Roberta Leite, assistente social, a participação das instituições é fundamental. “A participação das instituições é de suma importância, pois ela vai contribuir para reinserção do preso através de seus serviços e também irá contribuir com a família”.
A idéia do projeto é aproveitar o trabalho que as entidades já fazem, e a partir disso inserir estas pessoas em suas atividades. Segundo a Drª. Betânia Ferreira, coordenadora do núcleo, 17% dos presos que compõem a população carcerária brasileira não precisariam estar integrando o sistema penitenciário, visto que os delitos cometidos não envolvem ações violentas, sendo mais fácil recuperar o individuo para retomar o convívio em sociedade. “É preciso diminuir esses gatilhos na vida de quem cometeu o primeiro delito. Se nós apoiarmos a pessoa que furtou o primeiro celular ou portou ilegalmente uma arma, através de acompanhamento completo certamente poderemos ajudá-lo a se reintegrar e não avançar cometendo novos crimes”, afirmou Betânia Ferreira.
Cada instituição poderá contribuir recebendo um ou mais assistidos do projeto durante oito horas semanais, integrando-os em cursos e capacitações. Segundo Wanessa Portugal , psicóloga do núcleo, é traçado um perfil da pessoa, que será encaminhada a partir das suas necessidades e dos serviços disponíveis nas instituições. “Não queremos apenas substituir a pena por mediadas sociais, ou inocentar pessoas. Queremos que a pessoas prestem serviço a sociedade e não precisem do sistema prisional para se reinserir”, ressaltou Wanessa Portugal.
Feira de Santana é a única cidade do estado a receber o projeto que é realizado através da parceria do Ministério da Justiça e da Defensoria Pública, com duração de um ano.
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