ASA Bahia realiza primeiro Encontro de Comunicadores/as

17/06/2011

Para pensar os processos de comunicação já existentes na Articulação do Semi-árido na Bahia e construir novas perspectivas, comunicadoras e comunicadores que integram a rede, se reuniram nos dias 15 e 16 de junho durante o I Encontro de Comunicadores/ as. A atividade aconteceu no município de Jequié, na sede da Associação das Donas de Casa do Estado da Bahia.

Durante dois dias os participantes debateram sobre a forma como a comunicação está sendo desenvolvida nas entidades e a idéia de identidade da articulação no estado. Utilizando a metodologia do FOFA, foi possível analisar pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças no trabalho realizado pelas organizações. Após esse diagnóstico, em grupo foram pensadas metas e ações estratégicas para construção de um Plano Estratégico de Comunicação para ASA-BA.

Estiveram presentes comunicadores de 13 organizações, que desenvolvem projetos em parceria com a ASA Nacional e Estadual. A coordenação foi representada por Agnaldo Rocha, da Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa, que contribuiu para o debate sobre a identidade da rede. “A ASA já tem uma identidade que é muito forte, cada vez que se realiza uma atividade como essa se contribui para fortalecer ainda mais. Ela já é reconhecida nacional e internacionalmente, cada membro das equipes no seu trabalho, assim como os comunicadores constroem isso no seu cotidiano”, ressaltou Agnaldo Rocha, que avaliou o encontro como marco na história da articulação na Bahia.

“Está no princípio da Articulação do Semi-árido o processo de formação, fazemos isso com toda equipe técnica e com as famílias, não seria diferente com os comunicadores. A gente entende que o papel do comunicador/a, é dizer para dentro e para fora quais são ações desenvolvidas por nós. Um encontro como esse nos fortalece enquanto rede. Mesmo já desenvolvendo suas ações, precisávamos desse momento em nosso estado, foi um marco, pois isso vai nos proporcionar uma maior qualidade nas nossas ações. Os comunicadores/as no mesmo espaço conseguiram discutir e ampliar a compreensão sobre a política de comunicação da ASA, onde os processos não se dão de forma isolada, tudo é uma construção coletiva durante esses onzes anos”, enfatizou.

Para Maurizia Silva, comunicadora da Cáritas Diocesana de Amargosa, através do Projeto Cisternas, o encontro foi momento de integração. “Foi extremamente importante a realização deste primeiro encontro, pois aproximou os comunicadores, contribuiu para a troca de experiências. Outro ponto importante foi a identificação de metas para um plano de comunicação com ações estratégicas que ajudem a fortalecer a identidade da ASA BA e que dê mais visibilidade as ações das entidades como rede”, ressaltou a integrante do Grupo de Trabalho de Comunicação, Maurizia Silva.

A perspectiva de fortalecer a construção de novos olhares sobre o semiárido baiano foi um dos aspectos destacados por Santina de Jesus, da Associação Divina Providência, comunicadora através do Projeto Cisternas. “Um aspecto positivo deste encontro foi a presença de um representante da coordenação da ASA/BA, que juntamente com os comunicadores desenvolveu um debate sobre a importância da comunicação na construção de novos olhares sobre o semiárido e o desafio de criar estratégias que dêem visibilidade às questões sociais, às experiências de desenvolvimento sustentável e ao trabalho de articulação enquanto rede no Semiárido Baiano”, destacou Santina.

Ações da ASA-BA no estado- A Asa tem trabalhado com uma série de questões, todas voltadas para a convivência com o semiárido, porém o carro chefe é a captação da água de chuva, explicou Agnaldo.  “Através de convênios com a ASA Nacional, como os programas Um Milhão de Cisternas e Uma Terra e Duas Águas, além de duas outras parcerias em nível estadual, como os projetos Cisternas e o Aguadas, estão sendo desenvolvidas algumas das ações de convivência com o semiárido. Os projetos além de garantirem água de beber e de produzir para as famílias, também trabalham na perspectiva da dessedentação animal. As tecnologias são diversificadas, entre elas estão o barreiro-trincheira, a bomba d’água popular, o tanque de pedra e as cisternas de produção, além de limpeza de aguadas”, afirmou Agnaldo Rocha.



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