Territórios discutem política de Segurança Alimentar

05/07/2011

Em 2011 será realizada a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Com o lema: Alimentação saudável um direito de todos, a conferência tem como objetivos analisar os avanços, as ameaças e as perspectivas para a efetivação do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável, para a promoção da soberania alimentar e apresentar ainda, elementos para a construção do Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.

Todos os estados do país devem realizar Conferências Estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional, com os mesmos objetivos da Conferência Nacional, enfocando o contexto e a realidade de cada um. Na Bahia, a Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional vai acontecer no mês de setembro em Salvador, e como prévia dela, também serão realizadas Conferências Territoriais de Segurança Alimentar e Nutricional, que vão abranger a participação de todos os territórios do estado.

Conferência Interterritorial- Serão um total de 19 Conferências Territoriais de Segurança Alimentar e Nutricional que vão acontecer por todo estado baiano. Os territórios do Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão vão realizar o evento em conjunto. Será nos dias 07 e 08 de julho no módulo II do Anfiteatro da Universidade Estadual de Feira de Santana.

A Conferência Interterritorial de Segurança Alimentar e Nutricional dos territórios do Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão vai reunir representantes da sociedade civil, movimentos sociais e poder público, elementos que tem atuação comprovada no debate sobre segurança alimentar e nutricional. A exemplo de: agricultores familiares, conselheiros de alimentação, agentes das pastorais, agentes de saúde e  representantes municipais do governo, de secretarias de saúde e desenvolvimento social. Indivíduos que possuem representatividade nos espaços de discussão sobre segurança alimentar e nutricional e conhecem com propriedade o assunto, a ponto de identificar as demandas e os avanços de cada território.

Alguns desses participantes foram eleitos delegados e terão o papel de contribuir para o debate e a construção das propostas, apresentando suas experiências e pontuando questões no campo da segurança alimentar e nutricional presente nos seus territórios. Durante o evento será traçada uma linha do tempo, a respeito da trajetória de construção do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) no Brasil e na Bahia e também sobre a importância do direito humano a alimentação adequada e saudável. Será construído também um diagnóstico sobre a insegurança alimentar nos territórios, identificando as experiências exitosas de promoção da segurança alimentar.

Participação da Sociedade - Para Naidison Baptista, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia (CONSEA - Bahia) a realização das conferências se configura em um processo de participação da sociedade na construção de políticas públicas que precisam ser implementadas no país. Há conferências diversas que acontecem no Brasil e todas são estratégicas pois tem uma participação intensa da sociedade civil, na perspectiva de construir junto com o poder público a dimensão de políticas públicas a serem implantadas.

De acordo com o presidente do Consea Bahia, no caso da segurança alimentar e nutricional estão sendo enfatizadas as conferências a nível regional na Bahia, reuniões ou conferências a nível municipal, e a Conferência Estadual em setembro, isso tudo em preparação para Nacional que vai acontecer em novembro. “É dessa dimensão que queremos avaliar, constatar, aprofundar e estudar mais as manifestações de insegurança alimentar nas regiões de nosso estado. Olhando para as populações que ela atinge mais diretamente de modo mais específico e discutindo inclusive, quais são as causas dessa insegurança alimentar”, afirmou.

Ainda segundo Naidison, o objetivo das conferências é conhecer a fundo a dimensão da insegurança alimentar. Cada conferencia na Bahia, que são 19, está priorizando aspectos para o Plano de Segurança Alimentar, no qual serão identificados cinco ou seis pontos que são considerados prioritários para construção da política de segurança alimentar. “Nós esperamos chegar em setembro com dados sobre a insegurança alimentar que nos ajude a conhecer a nossa realidade e também que nos ajude a conhecer por onde devemos andar para chegar a segurança alimentar”, completou ele.




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