Campanha mobiliza para o fim da violência contra as mulheres e a garantia de direitos

12/12/2012

Foi realizado esta semana nos dias 10 e 11 de dezembro em Feira de Santana o Seminário Interterritorial para o lançamento da Campanha dos 16 dias de Ativismo- Luta e Resistência pelo fim da Violência Contra a Mulher. A campanha faz parte de um projeto executado pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC) com o apoio da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) e tem como objetivo mobilizar a sociedade através de ações estratégicas para erradicar a violência contra as mulheres e contribuir para a garantia dos direitos.

O seminário contou com a participação de diversas lideranças femininas dos Territórios do Sisal e Portal do Sertão, integrantes da  SPM, dos centros de referências da mulher, Delegacia da Mulher, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher da Bahia, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR), Coletivo de Mulheres, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Rede de Produtoras da Bahia, entre outras entidades.

Durante o seminário houve a apresentação de painéis sobre políticas públicas voltadas para as mulheres, mecanismos de defesa contra a violência nos territórios do Sisal e Portal do Sertão e debates sobre o papel da Rede de Atenção à Mulher e da sociedade civil organizada para o fim da violência contra a mulher.

Para Ideojane Melo Conceição, membro do Coletivo de Mulheres de Feira de Santana a Rede de Atenção à Mulher é um dos mecanismos que contribui para o fim da violência. A rede é formada por diversos atores sociais, que atuam em conjunto e isso favorece o fortalecimento das ações. Para ela, os movimentos sociais são peças fundamentais dentro dessa rede, pois conhecem de perto o dia-a-dia e a realidade das mulheres que sofrem violência. “Os movimentos sociais são parceiros da Rede de Atenção à Mulher, são eles que ajudam a fiscalizar as situações de violência”, afirmou.

Selma Glória integrante do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher reforçou o papel do conselho para a garantia dos direitos e para prevenção da violência contra as mulheres. Para ela o Conselho ajuda acompanhando as ações nos municípios e o trabalho dos conselhos municipais. “ É importante que a Rede de atenção à Mulher esteja articulada com o Conselho, para assim dialogar pensando na garantia dos direitos e na implementação de políticas públicas”, completou.

Campanha – A Campanha dos 16 Dias de Ativismo – Luta e Resistência pelo fim da Violência contra a Mulher será uma ação com duração de três meses e terá como foco realizar ações  que contribuam para sensibilizar a sociedade para o fim da violência contra as mulheres. A campanha lembra datas que marcaram o mundo na luta por direitos entre elas: 20 de novembro- Dia Nacional da Consciência Negra, 25 de Novembro –  Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, 1º de dezembro – Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, 6 de dezembro – Massacre de Mulheres de Montreal (Canadá) e 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dentre as ações que vão compor a campanha, serão realizadas oficinas temáticas sobre relações sociais de gênero, divulgação da Lei Maria da Penha, rodas de conversas sobre políticas públicas, direitos da mulher, vigílias para  impactar e visibilizar, através de atos públicos o problema da violência contra as mulheres, e a Campanha do Laço Branco que terá como foco sensibilizar e alertar homens sobre a violência contra a mulher.

A campanha do Laço Branco será feita corpo a corpo com a abordagens de homens nas ruas, através do uso de um laço branco, que representará o apoio a campanha e a união, luta e resistência para o fim da violência contra a mulher.







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