ASA Bahia discute nova conjuntura do marco legal de cisternas

18/02/2014

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Bahia) é uma organização formada por diversas entidades da sociedade civil, que atua na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com o semiárido e contribui para o fortalecimento da construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável e solidário dessa região. 

Nos dias 13 e 14 de fevereiro cerca de 70 representantes das organizações que compõem a ASA Bahia estiveram reunidos em Feira de Santana para discutir o planejamento estratégico da entidade, pautando sobre os encaminhamentos futuros e também sobre a nova conjuntura do marco legal das cisternas que passa a vigorar a partir de 2014.

Para Ademilson da Rocha coordenador geral do IRPAA e Coordenador Executivo da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Bahia) esse é um momento importante para a articulação, pois se constitui em um debate de construção coletiva e discussão da conjuntura atual. “É um momento para avaliar as perspectivas futuras e a sua relação com a execução dos projetos”, completa.

O marco legal das cisternas representa o reconhecimento das cisternas enquanto tecnologias sociais, que contribuem para a melhoria da qualidade de vida do semiárido. Mais do que a formalização de uma ação de governo, a criação do marco legal permitirá a contratação direta dos projetos desenvolvidos. Essa conquista destaca também a importância das organizações sociais parceiras na gestão dos recursos e o envolvimento das comunidades e famílias envolvidas nas ações.

Segundo Márcia Muniz, coordenadora do SASOP e Coordenadora Executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Bahia) o novo marco legal é uma conquista para a região. Permite maior autonomia e flexibilidade no trabalho, mas não deixa de lado a importância da organização e da gestão administrativa e financeira, que sempre foi uma das referências do trabalho da ASA. “Teremos sempre que zelar pelos cuidados da gestão administrativa e financeira e a partir disso perceber como esse processo se da na prática, não deixando o acompanhamento e controle de lado, e é bom continuarmos com isso, pois é importante para todos nós.”, completa.

O acesso à água, que historicamente vem sendo negligenciado para famílias agricultoras do semiárido brasileiro, torna-se uma realidade graças a longa caminhada dos movimentos e organizações sociais, que lutam por políticas públicas e a garantia dos direitos. O Movimento de Organização Comunitária (MOC) é uma das organizações que integram ASA Bahia e, ao longo dos anos, já construiu em média um total de 12.000 cisternas de consumo humano e 1.000 tecnologias de água produção

Os programas executados pela ASA como o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), continuarão sendo geridos por organizações sociais fomentando o acesso à agua para o consumo e produção através da implementação de tecnologias sociais através dos processos participativos e de desenvolvimento local sustentável respaldados nos princípios da mobilização social e da formação que são os eixos metodológicos e pedagógico das ações de convivência com o semiárido. 


DOWNLOAD DO ANEXO