Ações de convivência com semiárido são destacadas durante a visita da Presidenta Dilma Rousseff

30/04/2014

A região semiárida do Brasil tem vivenciado um processo de transformação, principalmente nas questões relacionadas ao acesso a água de qualidade para consumo humano e para produção. Essas conquistas foram reconhecidas durante o evento Sertão Vivo, que recebeu a presidenta Dilma Rousseff, na cidade de Feira de Santana, (29).

A presidenta Dilma ressaltou a importância das ações de convivência com o semiárido, como a construção de cisternas e a liberação da ordem de pagamento para construção de mais tecnologias sociais. Também celebrou outras ações direcionadas para o homem do campo, como a entrega de máquinas.

O Coordenador da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), Naidison Baptista, destacou durante fala no evento, a capacidade de superação do povo do semiárido.“Um povo que era incapaz de tomar a si o seu destino vivia uma vida de combate à seca, hoje junto com os movimentos sociais e governo inverte a ordem, pois tem buscado olhar diferente para o semiárido e tem provado que esse mesmo povo é capaz, inteligente, resistente e muito criativo. E essas ações não são mostradas em papéis, são mostradas em atos”, ressaltou o também assessor do Movimento de Organização Comunitária (MOC).

Naidson frisou que o semiárido está sendo contaminado pelas perspectivas e pistas de uma política de convivência como semiárido, através da parceria de sociedade civil e governo, de forma amigável, autônoma e sincera. “Nós quebramos a hegemonia da concentração da água, a água hoje está partilhada. Quando nós falamos em 900 mil cisternas, nos falamos que 4 milhões e meio de pessoas que não tinham acesso a água e que hoje desfrutam de tal direito. E muito além disso quebramos outras hegemonias: do processo do crédito, da assistência técnica de convivência com o semiárido e a implementação do Plano Nacional de Agroecologia. São marcas importantes e significativa na mudança de uma concepção e na mudança de uma política”, afirmou Baptista.

A necessidade de recursos para ampliar a produtividade e ações conjuntas de melhorias para a vida das pessoas do semiárido ainda é uma demanda muito grande, que segundo fala da presidenta Dilma, em seu pronunciamento, os auxílios, são parte das medidas do governo para garantir o que chamou de “segurança social” para a população de regiões que convivem com a seca.

A presidenta também listou o programa de construção de cisternas, que deve chegar a 1 milhão de unidades até o fim de 2014, como uma das ações para minimizar o impacto da estiagem no semiárido nordestino. Dilma destacou melhorias nos indicadores sociais das regiões Norte e Nordeste nos últimos anos e disse que os brasileiros não podem “voltar atrás” em relação às políticas públicas que beneficiam os mais pobres. “Não vamos voltar atrás. Tenho certeza que povo brasileiro não vai retroagir, voltar atrás, desistir disso que conquistamos: a maior redução da desigualdade social do nosso país, a maior criação de empregos que o Brasil teve nos últimos anos”, avaliou.

Ainda durante o evento, as experiências de convivência com o semiáirdo desenvolvidas por agricultores como Abelmanto Carneiro, foram apresentadas, destacando a capacidade do homem do campo de se reinventar e criar alternativas para viver bem com o clima.

Ao logo do dia, a presidenta cumpriu outras agendas previstas para a visita.


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