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"Aboios e Toadas do Sisal" é o nome do CD de Juninho Aboiador, como é conhecido Cosme Pereira de Oliveira Junior. Nascido no povoado de Ipueirinha, em Conceição do Coité, Juninho possui apenas 12 anos de idade, mas já tem encantado a Região Sisaleira da Bahia, aboiando, cantando e fazendo versos ecoarem pelo Sertão em grandes eventos realizados pelos movimentos sociais e em programas nas rádios comunitárias.

Mesmo sendo uma região que se caracteriza pelo acesso restrito de sua população aos direitos básicos, o município de Retirolândia conseguiu melhorar de maneira signficante as condições de vida das suas crianças entre 1999 e 2004. Na outra ponta, Monte Santo, município localizado na mesma região, apresenta dados preocupantes e está entre os piores de todo o País. É isso que revela uma leitura regional dos dados publicados no relatório Situação da Infância Brasileira 2006 do Unicef que traz um quadro completo das condições de vida das crianças com menos de seis anos no Brasil.

Na Bahia, existem 167 municípios sem Conselho de Direitos das Crianças e Adolescentes e outros 255 municípios sem Conselho Tutelar. Para mudar esse quadro, o Governo Federal está contratando o MOC, com larga experiência na capacitação de conselhos municipais de gestão, para ajudar aos municípios baianos criarem seus conselhos.

O exemplo da família de Celso Avelino e Maria Alzamira, da comunidade rural de Santa Rosa no município de Barrocas, mostra que é possível produzir de modo sustentável e diversificado no semi-árido, contando com assistência técnica, acesso a crédito e possibilidades de comercialização da produção.

O Encontro Estadual de Avaliação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), que aconteceu pela oitava vez em Feira de Santana, enfocou as possibilidades de integração entre as ações socio-educativas do PETI e as escolas públicas, tendo em vista a proposta da educação integral. As mudanças do PETI em 2006, com a integração do programa ao Bolsa Família, também estiveram na pauta do evento.

No semi-árido brasileiro estima-se que mais de 1 milhão de pessoas dependem diretamente da cadeia produtiva do sisal, planta rústica originária do México que foi introduzido no Brasil no início do século 20. O grande potencial econômico e social do sisal esbarra na insuficiência de investimentos e políticas públicas para o desenvolvimento sustentável desta planta tão bem adaptada ao clima seco da região.